Antarctic Environments and Climate Change Research Group
ANTECC | CEG-IGOT/UL
 
Gonçalo Vieira foi distinguido pela direcção do Ciência Hoje com o Seeds of Science «Ciências da Terra, do Mar e da Atmosfera» pelo trabalho de coordenação da investigação portuguesa na Antárctida.
Mais informação em http://www.cienciahoje.pt/36553

Gonçalo Vieira received the Seeds of Science 2010 prize by Ciência Hoje on the "Earth, ocean and atmosphere sciences" as a recognition for his work on the coordination of Portuguese research in the Antarctic.
 
 

Foi a 23 de Junho de 2008, no Salão Nobre da Assembleia, a nova colecção de selos dos CTT dedicada ao Ano Polar Internacional 2007-08. Esta série foi desenhada por Nuno Farinha, e a temática, proposta pelo Comité Português para o API, centra-se nas aves polares que visitam a costa portuguesa.

A sessão contou com intervenções do Prof. Luís Mendes-Victor, Presidente do Comité Português para o API, do Dr. Pedro Coelho, Vice-Presidente dos CTT, e do Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da Republica.

Portugal foi um país pioneiro na exploração dos oceanos das altas latitudes, com navegadores como João Vaz Corte-Real que descobriu a Terra Nova e a Península do Labrador, ou Fernão de Magalhães que navegou nas águas austrais, descobrindo a Terra do Fogo, no sul da Argentina e do Chile.
 
Depois de cerca de 500 anos afastado das regiões polares, Portugal renovou o seu interesse nas altas latitudes através de uma forte participação no Ano Polar Internacional 2007-08. Foi fundado o Programa Polar Português e criado um ambicioso projecto educativo que visa aproximar a ciência polar da sociedade.
Mas por que razão Portugal se deve preocupar com as regiões polares? Esta é uma pergunta recorrente, e com respostas simples: os fenómenos que ocorrem nessas regiões tão distantes, têm repercussões à escala do globo e também em Portugal. Exemplos clássicos são a fusão dos gelos polares e os seus efeitos nas alterações climáticas, bem como na subida do nível médio do mar.
 
Contudo, poucos são aqueles que sabem que algumas das aves que frequentam a costa portuguesa nos chegam das regiões polares. Incansáveis viajantes, deslocam-se, sazonalmente, milhares de quilómetros, desde o Árctico e o Antárctico, de modo a beneficiarem das condições temperadas do litoral português.
 
A presente edição de selos pretende dar a conhecer algumas destas aves, com as quais frequentemente nos cruzamos, sem que nos apercebamos de onde vieram. A Gaivina-do-Árctico (Sterna paradisaea) cujas longas migrações ligam o Árctico à Antárctida, passando pelas águas portuguesas, é, sem dúvida, a espécie mais emblemática. Uma ave muito comum no litoral português, o Pilrito-das-praias (Calidris alba), nidifica no Alto Árctico, em terras tão distantes como a Gronelândia, a Sibéria ou a ilha de Ellesmere. Já o Paínho-casquilho (Oceanites oceanicus) é, por excelência, o representante da Antárctida, nidificando nas ilhas daquele continente gelado. Finalmente, aparece a Torda-mergulheira (Alca torda), que nidifica nas arribas do Árctico e inverna nas nossas costas. Esta espécie, que mergulha para obter alimento, acaba, muitas vezes, por se enredar nas artes dos pescadores, aparecendo sem vida em quantidades apreciáveis nas praias portuguesas.
 
Adicionalmente ao conjunto dos selos, uma pagela representa alguns dos seres vivos mais representativos do sensível ecossistema árctico. A região boreal é uma das mais afectadas pelas alterações climáticas, em particular devido à acentuada fusão estival do gelo marinho, que está a pôr em risco a sobrevivência de espécies como o urso-polar (Ursus maritimus).

Gonçalo Vieira coordenou através do Comité Português para o API o lançamento desta colecção.

 
 

A revista Frozen Ground de 2007 com as actividades da International Permafrost Association encontra-se já disponível para download.
Nela, encontram-se descritas as actividades de Portugal.

 
 

Fotografia: Unidad de Tecnologia Marina (UTM)

Depois de algumas tentativas goradas devido ao mau tempo, as 3 toneladas de equipamento para as perfurações do projecto PERMAMODEL/PERMADRILL foram finalmente desembarcadas na Ilha Livingston na Antárctida.  Esta operação envolveu o transporte no quebra-gelos chileno "Viel" e o uso de helicopteros, que trabalharam no desembarque entre as 2h e as 5h de manhã do dia 18 de Janeiro passado. A equipa do projecto PERMAMODEL/PERMADRILL agradece aos técnicos da Base Antárctica Espanhola todo o empenho na operação de desembarque.
As perfurações que serão efectuadas a partir desta semana, são das primeiras as ser feitas na região da Península Antárctica e permitirão conhecer melhor a reacção do permafrost às alterações climáticas.
O projecto PERMAMODEL-PERMADRILL é uma iniciativa ibérica, co-financiada pelo Programa Antárctico Espanhol, pela Fundação Calouste Gulbenkian - Programa Ambiente e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

 
 

Raquel Melo é bolseira do GIPCA-CEG no âmbito do Programa Polar Português e partiu hoje para a Ilha Deception (Antárctida), onde irá efectuar um estudo sobre as formas e processos de degradação do permafrost e suas relações com as alterações climáticas. Esta actividade integra-se numa colaboração entre o CEG-UL e a Universidade de Buenos Aires, pelo que as actividades se integram na campanha antárctica argentina. A campanha terá uma duração de aproximadamente 2 meses.

A Raquel Melo terá um diário de campanha elaborado no âmbito do projecto LATITUDE60!, que pode ser consultado em http://blog.geographus.com/raquelmelo . Além disso, participará na actividade "Pergunta a um cientista polar" em que estudantes de escolas envolvidas no projecto LATITUDE60! poderão enviar perguntas directamente para a Antárctida, relacionadas com as actividades da campanha.

 
 

O GIPCA tem contribuido para a preparação do Programa Polar Português, iniciativa que será apresentada em conferência de imprensa na próxima 2ª feira na Fundação Calouste Gulbenkian.

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Os companheiros da campanha antárctica espanhola acabaram de chegar a Ilha Deception para proceder à abertura da base "Gabriel de Castilla". Acabámos de receber as primeiras fotografias e verificamos que este ano há mais neve no solo do que é habitual. O GIPCA enviará este ano 2 investigadores para a Ilha Deception. A Raquel Melo (Campanha argentina) e a Vanessa Batista (Campanha espanhola).

 
 

Foram recentemente adicionadas ao Google Earth imagens de alta resolução de partes das Shetland do Sul, região onde se centram os trabalhos do GIPCA. A ilha vulcânica de Deception está com uma resolução particularmente boa, embora com uma densa cobertura de neve.

Localização da Ilha Deception no Google Earth

deception_island.kmz
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